Os ciganos são cheios de mistérios, encantamentos, feitiços e cultivam a Arte Divinatória como a leitura das mãos realizada pelas mulheres e a leitura de cartas, olhos, dados, dominós e fogo realizada pelos homens.

Trabalham com os quatro elementos da natureza: água, terra, fogo e ar, para aguçar a percepção pela prática. São conscientes de que temos dentro de nós esses quatro elementos da natureza: a água, o fogo, a terra e o ar, e utilizam a força interior e a exterior para alcançar resultados em seus feitiços.

Historicamente discriminados, foram vistos como ladrões, assassinos e sequestradores de crianças. Essa imagem distorcida e equivocada vem sendo desmistificada pelos novos ciganos que se valem da instrução para preservar a sua cultura, segredos e mistérios.

Uma característica cigana é que estão sempre mudando de um lugar para o outro, apesar de hoje termos muitos ciganos que não são mais nômades. Outros princípios podem ser esquecidos pelos mais jovens, mas cabe aos mais velhos a lembrança para a preservação de sua cultura.

Os ciganos costumam casar entre si, para preservação de sua cultura, porque a verdadeira essência cigana está no sangue.

Quem se aproxima da cultura cigana procura a liberdade aliada ao mistério para alcançar poderes sobrenaturais, mas tudo tem um preço e um ritual. Nada é por acaso e as responsabilidades adquiridas devem ser preservadas e cultuadas.
Os ciganos são bruxos, seus feiticeiros são chamados de Kakus. Os místicos Kakus são mestres na Arte da cura. Conhecem as ervas e são ricos em símbolos.

Curiosamente os ciganos não gostam dos pombos porque eles se matam entre si, indo de encontro a cultura cigana de preservação da família. São um povo unido que respeitam os mais velhos.

A força dos ciganos vem da natureza e do respeito que eles têm pela fauna e pela flora. Os seus ensinamentos são passados de geração para geração, valorizando a família e o mundo em que vivem.