Erasmino é funcionário público em São Paulo e acaba de ser promovido, graças à sua dedicação e empenho no trabalho. Aloísio é advogado em um grande escritório no Rio de Janeiro e, finalmente, recebe a notícia que tanto esperava: sua transferência fora aprovada e viria acompanhada de um belo incremento na remuneração. Estranhos entre si, os dois compartilham a empolgação e a decisão de comemorar com os amigos, numa sexta-feira de prazer e festa, com direito a tudo o que consideram de melhor: mulheres, drogas e bebidas à vontade. Mas o destino — ou as consequências de seus atos? — lhes reserva surpresas que levam seus caminhos a se cruzar. Na jornada de ambos, conhecemos aspectos da vida espiritual que sobrevivem em lendas e superstições, mas também em práticas religiosas sérias.
Como separar o joio do trigo, a crendice da realidade? O autor, que, no best-seller Tambores de Angola, apresenta as diferenças entre umbanda e espiritismo, leva-nos, novamente, ao reino dos pretos-velhos e caboclos, de barracões e terreiros, de guias e orixás, de médiuns e feiticeiros, revelando os detalhes pregressos da vida do protagonista daquela história, o mesmo Erasmino de agora.