Se tanto me for permitido por ZAMBI, OLORUM, TUPÃ ou ONORÊ (não importa o nome se dê a DEUS, NOSSO PAI E CRIADOR) e ao mesmc tempo, me ajudar nosso PAI OXALÁ, este livro — OXOSSI — será mais uma obra de valor, a enriquecer a literatura Um bandista.
Como seu próprio nome o indica, este livro terá como tema, como conteúdo, como sua própria razão de ser, a Entidade que, na UMBANDA, tem o nome de OXOSSI — O REI ou SENHOR DAS MATAS, o CAÇADOR, O CHEFE de uma das 7 (sete) Linhas da UMBANDA; a assimilação, pelos primeiros Umbandis tas, de nossa Terra, com o SÃO SEBASTIÃO dos católicos e considerado como tal aqui na Guanabara e no Estado do Rio de Janeiro.
Será, pois, este livro, por um lado uma homenagem do seu próprio autor (homenagem minha, portanto) e da EDITORA ECO (per seu diretor e grande amigo da Umbanda) ao GRANDE ORIXÁ OXOSSI e, por outro lado, uma fonte (a melhor que me é possível oferecer) de ensinamentos referentes a Esse importante e poderoso, quão querido e cultuado ORIXÁ da UMBANDA.
Para que, desde o início, me seja possível atingir a meta que me proponho ou, em outras palavras, para que, desde o início, possa eu atingir a finalidade deste livro, necessário será que, aos queridos Irmãos, diga eu, neste OXOSSI, que encararei Esse Orixá, de um modo muito especial, sob o aspecto ou ponto de vista umbandista, assim fazendo, praticamente, durante quase todo o livro. No entanto, por ser, como se sabe; o nosso OXOSSI, uma assimilação de SÃO SEBASTIÃO católico, justo e lógico é que O encare, também, sob esse outro aspecto, isto é, como um santo católico.
Desta forma e justamente para mostrar, ou melhor, para exaltar o inigualável valor Dessa Entidade (OXOSSI), sob o Seu aspecto católico, narrarei, a meus Irmãos (embora deva ser isso do seu conhecimento) um fato da própria História da nossa Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, ocorrido lá pelos idos de 1557 a 1567.